O aluguel de ações é uma das diversas operações oferecidas pelo mercado voltadas para os investidores que querem diversificar suas estratégias e, assim, favorecer os seus rendimentos. Nesse sentido, esse tipo de mecanismo é ainda desconhecido por grande parte dos investidores, porém cresce a nível exponencial a cada ano.
De modo prático, a operação é realizada por meio do empréstimo de ação do investidor dono dessas, para outro investidor, esse último recebe o nome de tomador. A ação é emprestada por um período de tempo pré determinado, em troca de uma taxa de aluguel. O processo é, portanto, similar ao de bens duráveis, porém o produto aqui são ações que serão negociadas na bolsa de valores.
No cenário em questão, o tomador é parte importante do processo, já que vende as ações emprestadas e, após a redução do valor dessa, compra as de volta e, assim, devolve ao dono original. O lucro é tanto do tomador quanto do investidor, já que o lucro resultado da compra e venda fica pro tomador, enquanto o investidor recebe o aluguel referente a essa.
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Aluguel de ações e o seu funcionamento
O aluguel de ações funciona de maneira prática e é uma transação objetiva e didática. O processo começa com o empréstimo de ações, aqui, o investidor que é o dono das ações, oferece as para locação por meio de uma corretora ou plataforma.
Através dessas, o tomador busca ações que não possui expectativa de que o preço caia, analisando, portanto, todas as possibilidades antes de investir no aluguel dessas. Em seguida, é feito a negociação e o tomaor paga uma taxa de aluguel ao investidor responsável pelo empréstimo das ações.
A taxa é variável, isto é, tem influência da demanda pela ação, pela quantidade de ações envolvidas e pelo tempo de empréstimo.
Nesse sentido, é válido ressaltar que o principal beneficiário desse processo é o investidor já que, mesmo que as ações não sejam vendidas, o aluguel dessas já resultam em um tipo de renda passiva para o investidor, além de receber os dividendos ou os juros pagos pelas ações no período do aluguel.
Depois de encerrado o contrato, o tomador devolve as ações após obter um alto lucro, com a diferença do valor de venda e compra da ação. Aqui, é importante citar que, caso o preço suba, ele terá que fazer a compra das ações por um preço maior, podendo ter prejuízo nesse tipo de ferramenta.
Benefícios e Riscos do aluguel de ações
São diversos os benefícios dentro da modalidade de investimento. Permite, por exemplo, que o investidor tenha uma renda extra, já que o investimento está sendo movimentado e, por isso, passível de retorno ainda que as ações não sejam negociadas de forma efetiva.
É uma das diversas estratégias de lucro dentro desse mercado e que tem um baixo risco ao investidor que empresta as ações, já que o investidor é o proprietário dessa e mantém o seu investimento a longo prazo, somado a uma rentabilidade adicional.
Há, porém, riscos que devem ser levados em consideração, ainda que seja uma operação de baixo risco ao investidor que faz o empréstimo. Aqui, é possível que ocorra a inadimplência, caso o tomador não devolva as ações no final do contrato.
Porém, para mitigar esses riscos, as corretoras exigem do tomador garantias, como a manutenção de um valor sólido em dinheiro ou, ainda, de outros ativos como efeito colateral.
O investidor fica ainda a mercê da perda de oportunidades, isto é, se a ação emprestada sofre uma alta repentina no período do aluguel, o investidor perde a chance de vende la com uma margem de lucro considerável.
Além disso, há, ainda, o risco de liquidez, já que algumas ações podem ter baixas demandas por aluguel, dificultando a operação como um todo, inclusive abaixando o valor da própria taxa de aluguel.
Portanto, o aluguel de ações é uma alternativa viável para quem deseja diversificar as estratégias de lucro e, assim, rentabilizar sua carteira.
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